sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

POESIA ARTE E CULTURA !!!



Poesia é um gênero literário caracterizado pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa.



"POESIAS EM HOMENAGEM A MINHA MÃE". 

Eu Não Existo Sem Você
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos me encaminham pra você
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
Não há você sem mim, eu não existo sem você.

                                                          “Vinicius de Moraes”



 Drummond disse num poema: 
“Amar o perdido / deixa 
confundido / este coração…”. Pela perda de minha mãe, troco o “confundido” por “fenecido”, pois todos morremos um pouco com nossa mãe.


 POESIAS DE AMIGOS



É qualquer forma de arte que inspira e encanta que é sublime e bela.





É uma manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras.




No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove que sensibiliza e desperta sentimentos.




Poesia e algo lindo, maravilho e místicos.









Poesia é um modo de expressar sentimentos, um modo de enxergar o mundo, criticando ou elogiando.




Poesia é arte, é cultura, é um modo de demonstra sentimentos.


Poesia é um mistério sem fim.







A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. "Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice." O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.








                                             Carlos Drummond de Andrade
          

      Trecho do programa Contadores, cantadores e encantadores da série Palavra Puxa Palavra da MultiRio.



"Quando as tempestades da vida 
Surgem escuras à minha frente, 
Me recordo de maravilhosas palavras 
Que uma vez eu li. 
E digo a mim mesmo: 
Quando pairarem nuvens ameaçadoras, 
Não dobre suas asas 
E não fuja para o abrigo. 
Mas, faça como a águia, 
Abra largamente as suas asas 
E decole para bem alto, 
Acima dos problemas que a vida traz. 
Pois a águia sabe 
Que quanto mais alto voar, 
Mais tranqüilo e mais brilhantes 
Tornam-se os céus. 
E não há nada na vida 
Que Deus nos peça para carregar 
Que nós não possamos levar planando 
Com as asas da oração. 
E ao olhar para trás 
Verá que a tempestade passou, 
Você encontrará novas forças 
E ganhará coragem também. 
Tenha uma ótima última semana do ano.... 
e voe alto em 2016!"

Desconhecido




Poesias dos meses do ano
I - JANEIRO 

Coro das crianças: 

Venham os meses desfilando! 

Cante cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês... 



Janeiro: 

Eu sou o mês primeiro, 

O cálido Janeiro! 

Ouvi minha canção! 
Dou festas e presentes... 
E os corações contentes, 
Quando apareço, estão. 

Quando apareço, os sinos 

Começam cristalinos, 

A erguer o alegre som. 
Trago para as crianças 
Afagos, esperanças, 
E festas de Ano-Bom. 

Mas, se a alegria espalho, 

Desejo que o trabalho 

Vos possa reunir: 
Meses, eu vos saúdo! 
Eu sou o mês do estudo: 
As aulas vão se abrir! 

Coro das crianças: 


Saia da roda o mês primeiro! 

Prossiga a dança jovial! 

E entre na roda Fevereiro, 
Que é o belo mês do Carnaval! 



II - FEVEREIRO 

Coro das crianças: 


Venham os meses desfilando! 

Cante cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês... 



Fevereiro: 

Fevereiro, muitas vezes, 

No meio dos doze meses, 

É o mês mais jovial. 
É o mês da mascarada, 
Da alegria desvairada, 
Das festas do Carnaval. 

Saem à rua os diabos, 

De longos, vermelhos rabos, 

E caras de horrorizar, 
E o velho, que, dando o braço 
Ao dominó, e ao palhaço, 
Diz graçolas, a pular. 

Brincai! por estes treze dias 

De festas e de alegrias, 

Os vossos livros deixai! 
Para alegrar vossas almas, 
Batei aos máscaras palmas, 
— Depois... aos livros voltai! 

Coro das crianças: 


Saia da roda Fevereiro, 

Pois já passou a sua vez! 

Entre na roda o mês terceiro! 
Venha outro mês! venha outro mês! 



III - MARÇO 

Coro das crianças: 


Venham os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês. 



Março: 

Março, que se adianta, 

Traz a Semana Santa, 

Em que Jesus morreu: 
Foi pela Humanidade 
Que ele, todo bondade 
Viveu e padeceu. 

Há luto na cidade... 

Quem se humilhar não há-de, 

Pensando na Paixão? 
Na igreja os órgãos cantam, 
E as almas se levantam, 
Cheias de gratidão. 

Orai também, crianças! 

E, suspendendo as danças, 

Lembrai-vos de Jesus, 
Que, mártir voluntário, 
Morreu sobre o Calvário, 
Nos braços de uma cruz. 

Coro de crianças: 


Março morreu! Prossiga a dança! 

Prossiga a ronda juvenil! 

E vamos ver que mês avança: 
É o mês de Abril! 
É o mês de Abril! 



IV - ABRIL 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos,escutando 
O que nos conta cada mês! 



Abril: 

Eu sou Abril! O seio 

Tenho cheiroso, e cheio 

De frutos, e de flores. 
Abril o outono encerra: 
Já pesam sobre a terra 
Os últimos calores. 

Foi neste mês que, um dia, 

O ódio da tirania 

Um mártir consagrou. 
Saudai o Tiradentes, 
E os sonhos resplandentes 
Que o seu Ideal sonhou! 

Quis ver a Pátria amada 

Do jugo libertada, 

Digna do seu amor... 
— Vós, decorai-lhe a história, 
Honrando-lhe a memória! 
Saudai o Sonhador! 

Coro das crianças: 


Um novo passo agora ensaio: 

Dancemos todos outra vez! 

Entre na toda o mês de Maio, 
Saia da roda o quarto mês. 



V - MAIO 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Maio: 

Dai-me vivas! Dai-me palmas! 

Exultem todas as almas, 

Cheias de um vivo fulgor 
Todo o Brasil, congregado, 
Saúde o mês consagrado 
da Liberdade e do Amor! 

A grande raça oprimida 

Abri as portas da vida, 

As portas da redenção! 
Mudei em risos as dores, 
Mudei em tufos de flores 
Os ferros da escravidão! 

Treze de Maio! A desgraça 

Findou de toda uma raça! 

— Aos beijos, dando-se as mãos 
Os brasileiros se uniram, 
e o cativeiro aboliram, 
Ficando todos irmãos. 

Coro de crianças: 


Maio já deu o seu recado... 

Prossiga, em danças, a função! 

Entre na roda o mês amado, 
O alegre mês de São João! 



VI - JUNHO 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Junho: 

Em chamas alviçareiras, 

Ardem, crepitam fogueiras... 

— E os balões de São João 
Vão luzir, entre as neblinas, 
Como estrelas pequeninas, 
Entre as outras, na amplidão. 

Não há casinha modesta 

Que não se atavie, em festa, 

Nestas noites, a brilhar: 
Não se recordam tristezas... 
Estalam bichas chinesas, 
Estouram foguetes no ar. 

Fogos alegres, pistolas, 

Bombas! ao som das violas, 

Ardei! cantai! crepitai! 
Num largo e claro sorriso, 
Seja a terra um paraíso! 
Folgai, crianças, folgai! 
Coro de crianças: 


Aí vem Julho, o mês do frio... 

Vamos os corpos aquecer, 

Acelerando o rodopio... 
— Pode outro mês aparecer! 



VII - JULHO 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Julho: 

Mais curtos são os dias... 

As noites são mais frias, 

E custam a passar... 
Que cômodo o descanso, 
Na calma, no remanso, 
Na placidez do lar... 

Que paz, e que franqueza, 

Quando, ao redor da mesa, 

À luz do lampião, 
A gente se congrega, 
E ao júbilo se entrega 
De doce comunhão! 

Amigos, estudemos! 

E esta estação saudemos 

Bondosa, que nos traz 
As longas noites calmas 
Que dão às nossas almas 
O Amor, o Estudo e a Paz! 

Coro de crianças: 


O mês de julho oculta o rosto... 

O seu encanto se desfez... 

Entre na roda o mês de agosto! 
Entre na dança o oitavo mês! 



VIII - AGOSTO 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Agosto: 

Com as chuvas derradeiras, 

Molham-se as verdes palmeiras 

E os canteiros do jardim. 
Já que o tempo não melhora, 
Deixemos em paz lá fora 
O balanço e o trampolim... 

Depois das lições, abramos 

Livros de contos; leiamos 

As ardentes narrações 
De aventuras, de viagens 
Por inóspitas paragens 
E por selvagens sertões... 

— De explorações arrojadas 

Feitas em zonas geladas, 

Em zonas de vivos sóis; 
E percorramos a História, 
Honrando e amando a memória 
Dos justos e dos heróis! 

Coro de crianças: 


Fugiu Agosto! Pede entrada 

Um novo mês que nos vai dar 

A Primavera perfumada! 
É o nono mês que vai entrar! 



IX - SETEMBRO 

Coro de crianças: 


Passem os meses, desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Setembro: 

Eu trago a primavera; 

Trago a aprazível era 

De universais festins; 
Mais belas, mais viçosas, 
Surgem sorrindo as rosas 
E as dálias nos jardins. 

Sou o jovial setembro! 

E as brasileiros lembro 

A data sem rival, 
Em que o Brasil potente, 
Ficou independente 
Do velho Portugal. 

As vozes elevemos 

Em hinos, e beijemos 

O pavilhão gentil, 
Que nos seu lema encerra 
O ideal da nossa terra, 
A glória do Brasil! 

Coro de crianças: 


Adeus, setembro! Já descubro, 

Cheio de flores, a cantar, 

Lépido e alegre, o mês de Outubro, 
Que em nossa roda quer entrar! 



X - OUTUBRO 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Outubro: 

Foi neste mês que, por mares 

Cheios de névoas e azares, 

Cristóvão Colombo viu 
Um novo e esplêndido Mundo 
Surgir do Oceano profundo... 
E a América descobriu. 

As intrigas, os perigos, 

A inveja dos inimigos 

Não o puderam vencer; 
Viu passarem as procelas 
Sobre as suas caravelas, 
Sem a esperança perder. 

Glória ao Gênio destemido, 

Que navegou conduzido 

Pela sua intrepidez! 
Ergamos a voz em festas 
Àquele que estas florestas 
Viu pela primeira vez! 

Coro de crianças: 


Um outro mês já pede entrada: 

Deixem-no entrar, que é sua vez! 

Em nossa roda bem formada, 
Entre cantando um outro mês! 



XI - NOVEMBRO 

Coro de crianças; 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez! 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Novembro: 

Neste mês, compremos ramos 

De belas flores, e vamos 

Aos cemitérios orar! 
Só pode ser bom na vida 
Quem, com calma comovida, 
Sabe os mortos respeitar. 

Visitemos os finados, 

— Aqueles, que, descansados, 

Dormem o sono final! 
— Mas, logo depois, cantemos! 
E com hinos celebremos 
Nossa data nacional! 

Pátria que todos amamos! 

Aos teus pés depositamos 

Saudações e flores mil! 
Sempre sobre a tua história 
Fulgure a estrela da Glória! 
Deus engrandeça o Brasil! 

Coro de crianças: 


Dançai, dançai mais vivamente! 

Saia Novembro, e entre, a cantar 

O mês querido que, contente, 
As férias vem anunciar! 



XII - DEZEMBRO 

Coro de crianças: 


Passem os meses desfilando! 

Venha cada um por sua vez. 

Dancemos todos, escutando 
O que nos conta cada mês! 



Dezembro: 

Deixemos as coisas sérias! 

Sou o belo mês das Férias, 

O belo mês do Natal! 
Crianças! tendes saudade 
Da casa, da liberdade, 
Do carinho maternal? 

Sou o belo mês da Infância! 

— Quem trabalhou com constância, 

Debalde não trabalhou: 
As aulas estão suspensas; 
Tem prêmios e recompensas 
Todo aquele que estudou. 

Quem estudou, finalmente, 

Recebe a paga, contente, 

Do sacrifício que fez... 
— Férias, colégios fechados 
E livros abandonados!... 
Eu sou das férias o mês! 

Coro de crianças: 


Inda uma vez dancemos rindo! 

Vamos às casas regressar... 

O ano acabou! Dezembro é findo! 
Vamos agora descansar! 


© OLAVO BILAC 

In Poesias Infantis (2ª Ed.), 1929

Queridos colegas, essa é a minha intervenção: Um frevo pernambucano, claro!


Composição de Maria Olívia e Dinho Athayde. Um frevo que canta o universo do folclore pernambucano voltado para o público infantil.






Bom dia
     (Maria Olívia)

Abri a porta para pegar o jornal
Que vazio
Esqueci que cancelei a assinatura
Que sensação estranha
Passei o dia sentindo falta de algo,
De alguém,
O que fazer?
Nem sei porque
Se já há tantos anos
Ele com suas manchetes
Só diz mal dia!
Ao longo desses anos
(estou no meu segundo casamento)
E ele sempre me acompanhou
Aliás, fizemos bodas de prata
Caminhávamos para bodas de ouro
Mas a ordem é cortar os custos!
Nos separamos,
Confesso que nossa relação
Já não estava lá essas coisas
Esgaçada,rotinizada,
Como todos os longos casamentos
Por muitos dias
Apenas o pegava, lia sua chamada de capa
E sequer o abria
Mas como ele faz falta!
Como ao longo desses anos tornou-se
Uma fiel companhia
Como um cão leal
Só saber que estava ali
No centro da sala
Já me acalmava
E olha que estou cercada
De gente 24 horas
E mesmo assim, persiste esse vazio!
Penso, naquelas pessoas
Que não conseguem conviver socialmente
E tem apenas ele por companhia
Apenas ele para dizer bom dia!
Fiquei alimentando uma ilusão
Do interfone tocar e o porteiro dizer:
O jornaleiro está subindo
Hoje, devido a uma grande tragédia no País
O seu jornal atrasou
Meu Deus, que alívio!



13 de dezembro de 2015